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quarta-feira, 6 de janeiro de 2016
domingo, 3 de janeiro de 2016
sábado, 19 de dezembro de 2015
domingo, 13 de dezembro de 2015
domingo, 22 de novembro de 2015
RIVI JÁ ERA!
E ontem, pós-lançamento do
livro, eu e uma amiga fomos caminhando pela Paulista e resolvemos parar em
algum lugar para continuar o papo. Um pouco mais pra frente estava o Riviera.
Bons anos haviam se passado da época da facul, em que eu frequentava aquele que
foi um grande polo etílico revolucionário. E como aqui não se faz revolução
nenhuma, o lugar passou foi por uma reforma mesmo (eu que ainda não tinha ido
para me decepcionar). Sim, choca. Nada a ver. Aquele pé direito
alto maravilhoso, a coluna central, a parede de tijolos de vidro e a escadaria
continuam, mas perdeu o calor aconchegante de suas simpáticas mesinhas, dos
bartenders e chapeiros no balcão lateral, a urgência de uma blitz da vigilância
sanitária nos banheiros, o rosto familiar dos garçons (não mais sóbrios que
nós). Enfim... meu, que droga. Perdeu o clima. Tá, quem não conheceu o mesmo
lugar que funcionava na década de 1970 não pode avaliar meu disappointment.
Bom, já que tô aqui, então tá. De cara fomos avisadas que só o bar estava
funcionando, o andar superior (onde fica o atual restaurante, e onde ficaram
muitas das minhas lágrimas e gargalhadas) só abriria mais tarde. Tudo bem,
pensei, sem me dar conta que no térreo ia encontrar a frieza daquele
balcão-ameba rodeado de banquetas. Ai ai ai.. nem quis subir para conferir o
resto. Nos sentamos e o solícito gato-bartender nos apresenta o cardápio.
Óbvio, fui direto no “sanduíches” e pedi de boca cheia: - Vou querer um Royal!
Crente que alguma coisa deveria ter resistido pela originalidade. De súbito, o
simpático moço me traz pra realidade de que nada persiste com o passar do
tempo: - Ah, sabia que a "senhora" ia fazer esse pedido, dando um
largo sorriso. E logo começou com a história de “o gato subiu no telhado”: -
Olha, ele tá um pouquiiiinho diferente, mas a “senhora” vai gostar! (Penso,
caramba por que essa gente jovem cibernética insiste em formas de tratamento do
milênio passado?). Eu: - Ahã... tá, vai. Pode ser. Bom, resumindo: - A senhora
gostou, é parecido com o que costumava pedir? Eu, sendo gentilmente honesta: -
Sinceramente? Em nada... Aliás, não só não é parecido como é copiado de outro
lanche famoso do Ponto Chic. Então, a única coisa que permaneceu foi o nome:
Royal. E assim mesmo, por que vocês não atualizam para... pour pour
pour...Royal Chic?! Mas adorei o sanduíche (tava gostoso mesmo.) – arrematei
com um sorriso simpático. Ele sorriu também e saiu de fino.
Tudo bem, eu não sou mais a mesma e ainda me chamo
Virginia, então dou um desconto. Mas aquela porta da entrada aberta
escancaradamente a cada um que entra, fazendo uma corrente de ar para deixar
tudo ainda mais polar, eu não vou perdoar não, nem o preço (caro, muito).
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