às vezes eu acordo e me vem aquele momento de total êxtase por ter descoberto a fórmula da felicidade. e segundos depois, tudo me escapa, e os números e as letras iniciais começam a mudar de forma e a ganhar outra configuração e, quando eu me dou conta, a magia me fugiu e restou um murmúrio, um franzir do cenho, seguido de inúmeras ginásticas faciais para acompanhar a torrente elétrica do pensamento tentando capturar a explicação para o nada óbvio. voltas e voltas das ideias com o objetivo de escapar ao medíocre, do absolutamente confuso e irracional desejo de apreensão do sagrado, da mais pura e inocente aproximação do núcleo... do... do... do... tsc... e o resto do dia fica assim, totalmente profano. sigo comendo paçoquinha e esperando aquele convite que não chega.
virginia finzetto
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