não estava certa de uma causa para subir no ponto mais alto e isolado do edifício e conseguir se concentrar. pensava que talvez fosse como as antenas, parte de um "seti", conectando-se ao cosmos em busca de novos pulsares da "alma" na aridez de seu deserto. uma ilha no salar e lá estava ela a fustigar reminiscências. lembrou de sua declaração de amor à lhama e seu riso frouxo ao receber uma cusparada como resposta. nem sempre riu quando foi frequentemente assim tratada pelos humanos. agora não fazia nenhuma diferença. de fato, não atraía mais corretivos desse tipo para suas fraquezas. trocou correntes e âncoras por balões de hélio. transmutou rancores em vapores. e sua nau atravessou o espaço ao som dos espasmos internos, no compasso da dança entre fluidos e gases...
virginia finzetto
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