Foram tantos casamentos desfeitos e rebarbas de mudanças, que a casa da sogra virou casa da sobra. O quartinho acabou inteirinho, de despejos, de histórias truncadas, de páginas arrancadas, de livros, de louças, todos autografados com as digitais dos que se foram, para uma nova tentativa ou para outro plano. Sempre assim, no sótão ou no porão, éramos nós, crianças a abrir caixas e baú, de onde surgiam a produção e o enredo para nosso mundo de faz de conta. Solar Lavoisier, foi esse o nome que deram ao castelinho construído nos meados do século passado, onde viveu a dona Carlota, por longos anos, já esquecida de tudo. Que Deus a tenha.
virginia finzetto
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