lembro de quando li a primeira vez a palavra Confiança. eu tinha uns 5 anos e ela estava escrita como marca naquelas furgonetas de cor azul-marinho que abasteciam as vitrines das mercearias do bairro. tinha pé-de-moleque, maria-mole, suspiro e todas delícias meladas em lindos formatos, para atrair e viciar a criançada inocente trapaceando a ingenuidade dos adultos. atrelar certas qualidades como fé, credibilidade, esperança, firmeza, fidúcia, segurança e por aí vai a marcas, nesse caso, me induziu a comer quilos de veneno acreditando fazer bem à minha saúde. a tal da publicidade que serve ao capitalista, a tal da propaganda enganosa. mas quem seria honesto o suficiente para dar o nome de Cárie & Diabetes a sua empresa fabricante de doces, né? perdi a confiança!
virginia finzetto
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