Em 1971 eu fazia o primeiro ano do colégio no Zuleika de Barros, na Pompeia. A namorada do Serginho dos Mutantes estudava na minha classe. Desde muito cedo eu curtia música e adorava rock e já acompanhava os Mutantes desde a época dos festivais da Record. Depois, segui a Rita mais de perto, quando ela deixou a banda e fez carreira com a Tutti Frutti e outras parcerias. Mas meu encontro pessoal com minha ídola foi na guinada, quando ela se firmou com seu parceiro e amor Roberto de Carvalho e se enveredou pela música pop. Nessa época, eu já era jornalista e participei desta Edição especial da Rock Espetacular, uma revista que vendeu muito em banca. Foi nessa ocasião que visitei a casa onde ela nasceu, na Vila Mariana, descobri seus tesouros guardados no porão e, lógico, a conheci pessoalmente, quando veio ao Estúdio para aprovar o projeto e quando me entregou as cartas que recebia do seu fã clube para eu fazer uma das seções: "Cuide bem dos meus queridinhos". Ganhei desenho de disco-voador e também ingressos vip para o show Lança Perfume, que marcaria sua nova fase de sucessos. Linda, sempre, simpática e revolucionária, sempre. Hoje a nave mãe envia uma equipe especial para te receber, querida. O planetário naquele imenso quintal de sua infância não poderia ser o melhor lugar para você se despedir de seus fãs! Vá em paz, Rita Lee.
virginia finzetto
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