Madrid me mata! As unhas mostram o desapego, estou desfusionada e deixei para trás um pedaço do passado a limpo. Eu só não podia imaginar que a Amparo* já não estaria mais comigo nesse resgate. Daquela verdade que sabemos, todos, que um dia alcançará cada um, mas estamos distraídos com tantas falsas pressas e vaidades. O esmalte sai, as lembranças mostram o véu das quimeras, mas a morte é impávida e não está nem aí para o seu lamento. Urgência continua sendo pra mim a palavra mais atualizada.
virginia finzetto
* em memória de Amparo Garcia Paredes, amiga inesquecível. que um dia possamos nos encontrar em outra calle, de luz, pois que a alma é perene e reconhece suas afinidades. eterna gratidão, cariño.