quero ver você solto no espaço, viajando infinitamente pelo vácuo escuro entre as constelações, sem ter com quem conversar. quero ver você acordar e achar que teria sido melhor contribuir, sem reclamar, atendendo aos apelos daquele pastoreco, aquele que arranca tesouros dos fiéis sem jamais ter se questionado sobre quem de verdade habita seu próprio coração. quero ver você suportar o vazio de sua zona de desconforto puxando pela memória qualquer canção do Roberto. quero ver seu mundo cair e não restar data alguma para comemorar. porque tudo é absolutamente o insuportável nada. e o nada precisa ser preenchido com doses absolutas de qualquer tudo.
virginia finzetto
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