viajar de trem pela sensação que lhe transmite de ser um contínuo sem volta, não importa em qual direção da máquina ou da posição em que se senta. foram mais de trinta anos para finalmente sentir que, naquele momento, o AVE ganhava a velocidade exata e que, pela primeira vez, podia experimentar a certeza de se acertar com ele no mesmo ritmo. acomodar-se e observar que os mesmos olhos que apreciam a paisagem também exploram as maravilhas em seu interior. o maquinista muda de tempos em tempos, assim como a combinação dos passageiros pelos vagões, que dificilmente se repete. o que permanece é o destino, embora cada um tenha uma percepção singular e distinta da mesma viagem.
virginia finzetto
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